João Chaves é demolida e dará lugar a um centro cultural
Publicação: 2006-03-24 00:00:00 | Comentários: 0
A Penitenciária Central Doutor João Chaves, mais conhecida como o “Caldeirão do Diabo”, começou a ser demolida ontem. Às 16h29, o tratorista Francisco Sales Cândido da Silva, 38 anos, acionou sua máquina e - tendo ao seu lado a governadora Wilma de Faria - começou a pôr abaixo o prédio onde tantos ficaram presos e muitos foram mortos. Ao lado da governadora estava o secretário de Trabalho, Justiça e Cidadania, Leonardo Arruda.
Um pouco afastado, assistindo a tudo, estava o diretor da Fundação José Augusto, François Silvestre, que esteve preso no Caldeirão do Diabo em 1972 e 1974. Coisas da Ditadura. “Vejo com naturalidade essa demolição. Lamento estar velho, mas comemoro estar livre”, disse ele. Na área onde por 53 anos funcionou a penitenciária, será erguido um complexo cultural orçado em R$ 13,5 milhões. A obra deve iniciar em abril próximo. O novo espaço já foi apelidado de “Caldeirão da Cultura”, o que não agradou a alguns.
O presidente do Centro Comunitário do bairro Potengi, Ivanaldo Alves da Silva, explicou que o apelido de “caldeirão” deve ser esquecido porque marca uma época à qual ninguém quer se apegar. Na opinião dele, se a obra fosse na Zona Sul ela seria chamada simplesmente de centro cultural; e não caldeirão, “algo preconceituoso”. Na cerimônia que ocorreu após o início da demolição, a governadora disse que caberia à população a escolha do nome.
François Silvestre foi na mesma linha e disse que o nome era algo secundário. “Acho difícil tirar agora que colocaram, mas se quiser mudar, muda”. O secretário Leonardo Arruda comparou a demolição da João Chaves à desativação do Carandiru, em São Paulo. “É um marco no serviço penitenciário”. Para a população, a destruição do Caldeirão do Diabo foi um acontecimento. Primeiro pela derrubada do prédio. Depois pelo fim da “casa dos horrores”. Além de histórica, a demolição também teve caráter político: às 16h, às pressas, dois homens esforçavam-se para colocar uma placa anunciando a obra; muitos políticos participaram; e toda a festa foi embalada ao som de “Tá melhor”, música-tema do Governo.
Um pouco afastado, assistindo a tudo, estava o diretor da Fundação José Augusto, François Silvestre, que esteve preso no Caldeirão do Diabo em 1972 e 1974. Coisas da Ditadura. “Vejo com naturalidade essa demolição. Lamento estar velho, mas comemoro estar livre”, disse ele. Na área onde por 53 anos funcionou a penitenciária, será erguido um complexo cultural orçado em R$ 13,5 milhões. A obra deve iniciar em abril próximo. O novo espaço já foi apelidado de “Caldeirão da Cultura”, o que não agradou a alguns.
O presidente do Centro Comunitário do bairro Potengi, Ivanaldo Alves da Silva, explicou que o apelido de “caldeirão” deve ser esquecido porque marca uma época à qual ninguém quer se apegar. Na opinião dele, se a obra fosse na Zona Sul ela seria chamada simplesmente de centro cultural; e não caldeirão, “algo preconceituoso”. Na cerimônia que ocorreu após o início da demolição, a governadora disse que caberia à população a escolha do nome.
François Silvestre foi na mesma linha e disse que o nome era algo secundário. “Acho difícil tirar agora que colocaram, mas se quiser mudar, muda”. O secretário Leonardo Arruda comparou a demolição da João Chaves à desativação do Carandiru, em São Paulo. “É um marco no serviço penitenciário”. Para a população, a destruição do Caldeirão do Diabo foi um acontecimento. Primeiro pela derrubada do prédio. Depois pelo fim da “casa dos horrores”. Além de histórica, a demolição também teve caráter político: às 16h, às pressas, dois homens esforçavam-se para colocar uma placa anunciando a obra; muitos políticos participaram; e toda a festa foi embalada ao som de “Tá melhor”, música-tema do Governo.
Fonte: Tribuna do norte
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